Em chamas há três dias, Serra de São José tem calorão de 35 ºC; área protegida abriga espécies raras e trilhas históricas

  • 07/10/2025
(Foto: Reprodução)
Combate a incêndio na Serra São José nesta terça-feira conta com apoio de aeronaves. Crédito: Luiz César Costa O incêndio que atinge a Serra de São José, entre Tiradentes e São João del Rei, chegou ao terceiro dia nesta terça-feira (7). Segundo o Corpo de Bombeiros, com a chegada da noite, as aeronaves que atuam no combate às chamas suspenderam os trabalhos. No entanto, equipes seguem monitorando áreas próximas a residências, comércios e edificações, além de manter o combate em locais de acesso mais fácil e que não ofereçam riscos aos brigadistas. Desde o último domingo (5), cerca de 50 pessoas, entre bombeiros militares, brigadistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e voluntários da região, atuam no controle das chamas, que já consumiram cerca de 20% da vegetação. Segundo o Instituto Estadual de Florestas, há suspeita de que o incêndio tenha sido criminoso. As causas estão sendo investigadas. “Precisamos acionar aeronaves e mobilizar voluntários. São duas unidades de conservação e temos o Refúgio Estadual Serra de São José, que é uma unidade de proteção integrada. Esperamos que o impacto fique em 20%, porque é muito triste”, lamentou Carolina Abreu, gerente do Refúgio Estadual Serra de São José. A área tem quase 5 mil hectares, e a extensão queimada equivale a aproximadamente 1.343 campos de futebol. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Combate acontece por terra e pelo ar Initial plugin text Brigadistas utilizam bombas costais, sopradores e baldes com água — muitos abastecidos por moradores que cederam piscinas e reservatórios. Três aeronaves também atuam na operação: um helicóptero do IEF com bolsão de água acoplado e dois aviões adaptados para incêndios florestais. O relevo acidentado e os ventos fortes dificultam o trabalho das equipes, que concentram os esforços nas regiões do Mangue, Morro da Antena e Solar da Serra. “É um local de difícil acesso, onde dificilmente conseguimos chegar por terra. A aeronave transporta equipes e realiza o lançamento de água, o que facilita muito o combate”, explicou o major Wantuir Neto, piloto da Polícia Militar. Apesar do controle em algumas áreas, novos focos surgiram em locais isolados da serra. Segundo o tenente Radamés Lopes, do Corpo de Bombeiros, o aumento da temperatura, a baixa umidade e os ventos intensos favorecem o retorno das chamas. “O combate evoluiu bem durante o período da manhã, quando conseguimos eliminar muitos focos. Porém, com o avançar do dia e o consequente aumento da temperatura, houve reignição em diversos pontos, demandando novo esforço de combate nesses locais”, explicou. Nesta terça-feira, a temperatura na cidade chegou a 35,7 °C de máxima e a umidade relativa do ar chegou a 19%, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Infográfico - Incêndio atinge Serra de São José Arte/g1 Fogo chegou próximo a casas Vista da Serra São José na área urbana de São João del Rei Sofia Teixeira Em São João del Rei, o fogo chegou bem próximo das casas. Moradores se uniram aos brigadistas para conter as chamas. Voluntários têm usado a água da piscina de casa para abastecer os equipamentos. Tesouro Nacional e histórico Serra São José Acervo Setur-MG/Sérgio Mourão Defronte Com cerca de 5 mil hectares, o território abriga campos rupestres, nascentes e uma rica biodiversidade, incluindo espécies ameaçadas de extinção, e transita entre os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, sendo considerada um tesouro nacional e histórico. É também lar de aproximadamente 50% das espécies de libélulas conhecidas em Minas Gerais, sendo considerado um dos refúgios mais importantes para esses insetos no Brasil. Além da fauna e flora, a serra guarda formações rochosas de quartzito, cavernas pouco exploradas e várias trilhas que podem ser realizadas e que levam aos principais mirantes, lagos e cachoeiras. Entre as trilhas históricas estão a Calçada dos Escravos, construída no século XVIII e a trilha do Mangue, que, leva a cachoeiras e piscinas naturais e é uma das mais procuradas por visitantes que buscam ecoturismo e contato com a natureza. Incêndio de grandes proporções mobiliza equipes na Serra de São José VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

FONTE: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2025/10/07/em-chamas-ha-tres-dias-serra-sao-jose-abriga-especies-raras-trilhas-historicas-e-cavernas-pouco-exploradas.ghtml


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